An open wound: psychological impacts of the loss of the home after a natural disaster

Authors

  • Angelita Corrêa Scardua
  • Carol Scolforo
  • Gustavo Reis Machado
  • Paula Serafim Daré Instituto Junguiano de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.21901/2448-3060/self-2022.vol07.0005

Keywords:

housing, social identity, emotional trauma

Abstract

Every year in Brazil, high volumes of rain cause floods, flash floods and landslides that result in natural disasters in cities. Besides the deaths, the country sees the number of homeless people increases every year, causing much more than material damage. When these tragedies lead to the loss of the home, enormous physical, emotional, and mental damage come into play. From the perspective of analytic psychology, this article attempted to reflect on the psychological effects of the loss of home. Based on bibliographical and documental research, this paper examined historical and cultural aspects to reveal in what way the poorest population became the most affected by this problem. Settled in locations highly vulnerable to natural disasters they are victims of the lack of investments in proper infrastructure and are constantly exposed to the threat of losing their shelter. The home holds a considerable importance for the persons’ image in the world, providing a place for their lives both geographically and psychologically. For different authors, this physical space projects the uniqueness of personal and professional trajectories, also presenting itself as an instrument of individuation. Dwellers are capable of reproducing in the home the way they lead with inner contents, in a relationship of continuity. It was concluded that witnessing the destruction of the home elicits in the individual a sensation of agony for his own existence, bringing to the surface primal insecurities such as fear of rejection and abandonment. Therefore, when a house falls apart, it can drag with itself projections of the past, present and future of a person.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Angelita Corrêa Scardua

Mestre e Doutora em Ciências pela USP. Psicóloga Clínica e Professora de Pós-Graduação nas áreas de Psicologia Analítica, Neurociências e Psicologia Positiva. Desenvolve pesquisas sobre Felicidade, Imaginário Cultural, Desenvolvimento Social e Humano há mais de 20 anos. Colaboradora dos Grupos de Pesquisa Mitopoética da Cidade (USP) e Khôra (independente). Co-fundadora do Projeto Hestia, que produz conteúdo sobre a relação entre felicidade e ambiente construído.Mestre e Doutora em Ciências pela USP. Psicóloga Clínica e Professora de Pós-Graduação nas áreas de Psicologia Analítica, Neurociências e Psicologia Positiva. Desenvolve pesquisas sobre Felicidade, Imaginário Cultural, Desenvolvimento Social e Humano há mais de 20 anos. Colaboradora dos Grupos de Pesquisa Mitopoética da Cidade (USP) e Khôra (independente). Co-fundadora do Projeto Hestia, que produz conteúdo sobre a relação entre felicidade e ambiente construído.

Carol Scolforo

Jornalista especializada em Jornalismo Literário (ABJL), graduada em Comunicação Social (Faesa-ES) e colaboradora de veículos da mídia especializada em Arquitetura há mais de 10 anos. Colaboradora do grupo Khôra e cofundadora do Projeto Hestia, que produz conteúdo sobre a relação entre felicidade e ambientes construídos.

Gustavo Reis Machado

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, Tecnologia e Cidade – FECFAU/UNICAMP. Mestre pelo Instituto de Geociências da UNICAMP. Especialista em Gestão de Cidades e Planejamento Urbano pela UCAM. Arquiteto Urbanista pela PUC Minas. Membro da Rede de Cooperação Transdisciplinar em Pesquisa e Inovação DASMind Design, Art, Space and Mind. Docente da Universidade Anhembi Morumbi e no Centro Universitário UNA. Colaborador do grupo de pesquisa Khôra (independente).

References

Bachelard, G. (1993). A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes.

Bollas, C. (2000). Architecture and the unconscious. International Forum of Psychoanalysis, 9(1-2), 28-45. https://doi.org/10.1080/080370600300055850. DOI: https://doi.org/10.1080/080370600300055850

Bonduki, N. (1998). Origens da habitação social no Brasil. São Paulo: Estação Liberdade; 1998.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1988, 05 de outubro). Recuperado em 02 de outubro de 2022, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Buttimer, A. (1982). Aprendendo o dinamismo do mundo vivido. In A. Christofolleti (Org.), Perspectiva da geografia (p. 165-193). São Paulo: Difel.

Fernandes, E. (2011). Regularization of informal sttelements in Latin America. Cambridge, MA: Lincoln Institute of Land Policy.

Freitas, C. M., Silva, D. R., Sena, A. R. M., Silva, E. L. Sales, L. B. F., Carvalho, M. L. et al. (2014). Desastres naturais e saúde: uma análise da situação do Brasil. Ciência e Saúde Coletiva,19(9), 3645-3656. https://doi.org/10.1590/1413-81232014199.00732014. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232014199.00732014

Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (BR). (n. d.). Declaração universal dos direitos humanos: adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948. Recuperado em 14 de junho de 2022, de https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos

Libório, D. C., & Saule Júnior, N. (2022, abril). Direito à cidade e institutos de proteção dos territórios urbanos de grupos sociais vulneráveis. In Enciclopédia jurídica. São Paulo: PUCSP. Recuperado em 14 de junho de 2022, de https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/66/edicao-2/direito-a-cidade-e-institutos-de-protecao-dos-territorios-urbanos-de-grupos-sociais-vulneraveis

Fulgencio, L. (2011). A constituição do símbolo e o processo analítico para Winnicott. Paidéia, 21(50), 393-401. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2011000300012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-863X2011000300012

Fullilone, M. T. (1996). Psychiatric implications of displacement: contributions from the psychology of place. American Journal of Psychiatry, 153(12): 1516-1523. https://doi.org/10.1176/ajp.153.12.1516. DOI: https://doi.org/10.1176/ajp.153.12.1516

Gomes, E. R. B, & Cavalcante, A. C. S. (2012). Desastres naturais: perdas e reações psicológicas de vítimas de enchente em Teresina-PI. Psicologia e Sociedade, 24(3), 720-728. https://doi.org/10.1590/S0102-71822012000300025. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-71822012000300025

Huskinson, L. (2021). Arquitetura e Psique: um estudo psicanalítico de como os edifícios impactam nossas vidas. São Paulo: Perspectiva.

Jacobi, P. (2003). Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, (118), 189-206. http://doi.org/10.1590/S0100-15742003000100008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742003000100008

Tragédia em Petrópolis é a maior da história da cidade imperial. (2022, 21 de fevereiro). Jornal Nacional [Internet]. Recuperado em 27 de fevereiro de 2022, de https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/02/21/tragedia-em-petropolis-e-a-maior-da-historia-da-cidade-imperial.ghtml.

Laplanche, J., & Pontalis, J. B. (1986). Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Martins Fontes.

Low, S. M., & Altman, I. (1992). Place attachment. In I. Altman & S. M. Low (Eds.), Human behavior and environment (pp. 41-70, HUBE, Vol. 12). Boston, MA: Springer. https://doi.org/10.1007/978-1-4684-8753-4_1. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4684-8753-4_1

Maricato, E. (2002, março). Erradicar o analfabetismo urbanístico. Revista da Fase, 62, 51-54.

Reis, A., & Carvalho, L. F. (2016). Produção científica sobre transtorno de estresse pós-traumático no contexto de desastres. Avaliação Psicológica, 15(2), 237-247. DOI: https://doi.org/10.15689/ap.2016.1502.12

Reis Filho, N. G. (1978). Quadro da arquitetura no Brasil (4a ed.) São Paulo: Perspectiva.

Relph, E. (1976). Place and placelessness. London: Pion.

Sacks, C. (1999). São Paulo: políticas públicas e habitação popular. São Paulo: Edusp.

Santos, M. (2010). A urbanização desigual: a especificidade do fenômeno urbano em países subdesenvolvidos. São Paulo: Edusp.

Santos, M. (2014). Metamorfose do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos a geografia. São Paulo: Edusp.

Scardua, A. (2018). A felicidade são os outros: correspondências entre capital social da vizinhança, bem-estar subjetivo e o imaginário sobre a paisagem urbana. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. http://doi.org/10.11606/T.47.2018.tde-04092018-104557. DOI: https://doi.org/10.11606/T.47.2018.tde-04092018-104557

Spink, M. J. (2018). Viver em áreas de risco: reflexões sobre vulnerabilidades socioambientais. São Paulo: Terceiro Nome & Educ.

Tuan, Y-F. (1983). Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel.

Villaça, F. (1986). O que todo cidadão precisa saber sobre habitação. São Paulo: Global.

Wallace, A. F. C. (1957). Mazeway disintegration: the individual’s perception of socio-cultural disorganization. Human Organization, 16(2), 23-27. DOI: https://doi.org/10.17730/humo.16.2.pt2l4314t767kr3w

Published

2022-06-28

How to Cite

Scardua, A. C., Scolforo, C., Machado, G. R., & Daré, P. S. (2022). An open wound: psychological impacts of the loss of the home after a natural disaster. Self - Revista Do Instituto Junguiano De São Paulo, 7(1), e05. https://doi.org/10.21901/2448-3060/self-2022.vol07.0005

Issue

Section

Reflection article (essay)

Similar Articles

<< < 1 2 3 4 5 6 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.