Sombra e transgeracionalidade na depressão pós-parto: um olhar da psicologia analítica
Artigo de revisão de literatura de Geovanna Ferreira Gontijo.
Veja o resumo:
transcende fatores biológicos e sociais, possuindo raízes profundas na psique materna. Pela psicologia analítica, a maternidade pode ser compreendida como um rito de passagem, no qual a mulher vê-se diante de arquétipos do inconsciente coletivo, especialmente o arquétipo da Grande Mãe, e pode ativar conteúdos desafiadores, como o complexo materno sombrio. Esses aspectos podem desencadear sentimentos de inadequação, culpa e desconexão emocional, impactando o vínculo mãe-bebê e perpetuando possíveis padrões transgeracionais de sofrimento emocional. Este estudo discute a transmissão transgeracional na depressão pós parto, destacando como traumas maternos não elaborados podem emergir na experiência da maternidade. Além disso, explora-se o papel da sombra materna no desenvolvimento da depressão pós-parto, bem como a possibilidade de sua compreensão e elaboração como um caminho para a transformação psíquica. A partir de uma abordagem baseada na psicologia junguiana, argumenta-se que a depressão pós-parto pode ser um chamado do inconsciente e que é possível a vivência de um caminho no qual a mãe ressignifique sua história emocional e rompa com ciclos de sofrimento transgeracional. Com base nas contribuições de Jung, Neumann e autores contemporâneos, percebe-se que a maternidade, ancorada na integração da sombra, pode proporcionar não apenas um processo de cura individual, como também um legado de equilíbrio psicológico para as futuras gerações. Assim, a compreensão da depressão pós-parto sob essa perspectiva amplia as possibilidades de intervenções terapêuticas, enfatizando a importância do acolhimento, do cuidado e da ressignificação dos conteúdos inconscientes na jornada materna.
Acesse em: https://self.ijusp.org.br/self/article/view/235
Boa leitura!







