TY - JOUR AU - Natel, Rejane Maria Gomes Leite PY - 2016/12/15 Y2 - 2024/03/28 TI - O curador ferido: xamanismo e psicologia analítica JF - Self - Revista do Instituto Junguiano de São Paulo JA - Self - Rev Inst Junguiano SP VL - 1 IS - 0 SE - Artigo de reflexão (ensaio) DO - 10.21901/2448-3060/self-2016.vol01.0009 UR - https://self.ijusp.org.br/self/article/view/12 SP - AB - <p>Auxiliar uma pessoa que se encontra na condição de sofrimento é tentar, a partir de sua história, ajudá-la a dar um sentido a sua vida. Ao estudarmos outras culturas e seus mitos, estamos enriquecendo as possibilidades de nos aproximarmos de nosso paciente, ajudando-o assim a encontrar e a acolher o mito que regerá sua própria vida. A figura do xamã apresenta correspondência no <strong>mito do curador ferido</strong> em várias mitologias. Sua figura nas sociedades é a do sacerdote, médico, conselheiro e mantenedor das tradições da cultura do grupo. Mas o xamã deve passar primeiro por um processo iniciático, uma jornada heroica, antes que possa se tornar um curador. A função religiosa se manifesta nos processos iniciáticos e define quem está apto a ser representante: ela surge da necessidade da compreensão dos símbolos e de seus significados, originários dos conteúdos universais do homem. Na formação junguiana, a busca por ser um analista se dá na necessária junção da teoria e da vivência analítica, sendo preciso que o analista se submeta a vivências e experiências que propiciem o contato com os conteúdos do inconsciente coletivo, por meio de técnicas de análise dos sonhos, imaginação ativa, produção artística e outras. Por meio da relação da psique inconsciente profunda com a consciência, os mitos fundantes são reatualizados, permitindo ao candidato a analista resgatar sua individualidade na busca por ajudar os outros a fazer o mesmo.</p> ER -